Neuromarketing e redes sociais

Com clientes cada vez mais exigentes, entendê-los é fundamental para iniciar um relacionamento

| EPTV -

Neuromarketing e redes sociais 

Para Pedro Camargo, professor de neurociência do consumidor na FGV, ESIC e Business School, o neuromarketing tem o mesmo papel no mundo on e off line. "Como sempre digo, se do outro lado tem um cérebro assistindo, lendo, olhando, escolhendo no ponto de venda físico ou navegando na internet, o neuromarketing é imprescindível. As métricas das pesquisas do mundo online são quantitativas e o neuromarketing busca entender as métricas qualitativas".  

Já Danielli Margutti, coordenadora de marketing na GRV Software, acredita que o papel do neuromarketing é utilizar a tecnologia para conhecer ainda mais o consumidor. "O papel do neuromarketing é utilizar toda a tecnologia disponível para conhecer a fundo seu público-alvo para oferecer o que ele precisa, na hora que ele mais precisa. Neste ponto existe uma questão importante de ética, que é a responsabilidade de ofertar apenas o que é de interesse do público, afinal de contas vivemos em excesso de informação... E quantidade não é sinônimo de qualidade", pondera. 

Em meio a tantas mudanças nesse mundo dinâmico, pode ser um desafio construir uma identidade sólida e consistente no mundo dos negócios. Danielli explica algumas estratégias. "Trabalhando branding e lançando campanhas de neuromarketing com ética e bom senso", afirma. 

Danielli conclui que o neuromarketing deve ser usado com ética. "Neuromarketing usado com ética e verdade faz enorme diferença nos negócios", finaliza.  

Marketing sensorial, antecessor, mas não ultrapassado 

Embora tenha surgido antes do neuromarketing, o marketing sensorial ainda é uma técnica importante, uma vez que nosso cérebro percebe o mundo através dos sentidos. "É através dos cinco sentidos que captamos as informações do mundo, são eles que nos munem de informação e além do que têm um poder enorme sobre como nosso cérebro reage ao ambiente externo", explica Pedro Camargo, professor de neurociência do consumidor na FGV, ESIC e Business School. 

Danielli defende que o marketing sensorial é uma excelente opção para marcar o consumidor com uma experiência única. Ela explica cada um dos sentidos e como eles são explorados. "O olfato é um sentido bastante explorado especialmente porque ativa a memória e ao nosso inconsciente, pois cheiros podem remeter a experiências, datas festivas, fases da vida e até pessoas. Já a visão, é constantemente explorada, por isso, é de extrema importância ter a identidade visual da marca bem trabalhada para que o reconhecimento de uma letra ou da combinação de cores já leve a sua marca. A audição pode ser estimulada com músicas e sons, o que pode determinar o clima do ambiente e influenciar na experiência do consumidor", afirma. Quanto ao tato, ela cita amostras grátis e test-drive como exemplos dessa estratégia. Por sua vez, o paladar está presente em experiências em coquetéis de lançamento, por exemplo. 

A primeira parte da reportagem você encontra aqui.