Ferramentas e ações que priorizam a experiência do ouvinte moldam o futuro do rádio

O NAB Show 2024 destacou a presença local como prioridade, além de destacar a IA no rádio, o novo modelo de streaming e o rádio híbrido

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Por Daniel Starck, diretor proprietário do tudoradio.com
 

O NAB Show 2024 apresentou tópicos como a presença local como prioridade e a IA no rádio
O NAB Show 2024 apresentou tópicos como a presença local como prioridade e a IA no rádio
 O NAB Show 2024 apresentou diversas novidades, tornando difícil apontar um único destaque. Cada participante percebeu diferentes pontos de interesse, mas dois aspectos se destacaram claramente: a edição de 2024 teve um impacto muito maior em comparação com a anterior, marcando uma diferença substancial entre edições consecutivas. Além disso, houve uma clara consolidação de inovações apresentadas em anos anteriores. O congresso destacou dois pontos principais: a necessidade de gerar conteúdo local e a urgência de trabalhar a presença digital de forma mais efetiva. 

 

Começando pelo congresso, a geração de conteúdo local foi destacada como um diferencial único do rádio em relação a outras mídias. Sua conexão com a comunidade é insuperável, superando até mesmo as redes sociais, que cada vez mais priorizam conteúdo aleatório e distante dos interesses locais. Essa proximidade reforça o papel essencial do rádio, independentemente da integração a redes maiores. Nos EUA, redes de restaurantes e outros segmentos de franquia adotam elementos locais em suas identidades visuais padrão, fortalecendo a conexão com a comunidade. 

 

No Brasil, o exemplo do Rio Grande do Sul ilustra a importância do rádio na proximidade com a comunidade. Nas coberturas feitas pelas rádios gaúchas, reforçam-se as qualidades tradicionais do rádio: serviço comunitário, envolvimento emocional, credibilidade, agilidade e disponibilidade. 

 

No campo digital, o investimento publicitário está migrando para essa área, e o rádio precisa encontrar maneiras de participar mais efetivamente dessa nova fonte de receita. Enquanto o rádio nos EUA permanece fortemente centrado no áudio, o mercado brasileiro já avançou no vídeo. Porém, ambos os mercados convergem na necessidade de rentabilizar esse conteúdo digital e de tratá-lo como um complemento essencial ao conteúdo tradicional. 

 

Nos EUA, o áudio online já gera receitas consideráveis para as emissoras de rádio, enquanto no Brasil, esse setor ainda está crescendo. No entanto, muitas rádios de ambos os países já têm o mais difícil: uma escala de consumo significativa para seus conteúdos. 

 

 E as novidades tecnológicas? A inteligência artificial (IA) está no centro das atenções. Já existem empresas brasileiras que fornecem soluções de IA de qualidade, criando estações completas, desde produção textual até locução e chamadas. Isso foi destacado na abertura do NAB Show 2024, onde o rádio foi apresentado como um grande exemplo do uso da IA na comunicação. A regulamentação da IA é um tópico muito debatido, recomendando-se seu uso para otimizar processos, tornando as equipes mais produtivas e criativas, e preenchendo lacunas de conteúdo. 

 

O rádio híbrido nos carros, já com mais de seis milhões de veículos ativos em todo o mundo, é outra inovação que se consolidou ao longo dos anos. Essa tecnologia integra os pontos fortes do rádio tradicional com os benefícios dos dados conectados, proporcionando uma experiência de usuário mais envolvente. 

 

Inovações como o HLS+, um formato de streaming de áudio que integra transmissões ao vivo com ações de conteúdo sob demanda, também prometem revolucionar o rádio nos próximos anos. Essa inovação posiciona o rádio à frente dos serviços de streaming on-demand, combinando o conteúdo ao vivo com personalização, atendendo melhor às demandas do ouvinte moderno.  

 

Por Daniel Starck, diretor proprietário do tudoradio.com

 

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