À beira da idade adulta e enfrentando um futuro incerto: o que sabemos sobre a Geração Z até agora
Saiba quais são as principais características
Diversos eventos históricos formaram o cenário em que a geração Z nasceu e se desenvolveu: crises sociais, econômicas, aumento do ativismo político, além da inexistência quase total de um mundo off-line. Estes jovens adultos estavam prestes a herdar uma economia forte com baixa taxa de desemprego, mas tudo mudou depois da pandemia do novo coronavírus. Diante de crises, rupturas e dos cenários de insegurança, incerteza, desemprego e desastres ambientais, a Geração Z tornou-se menos idealista e mais pragmática.
Por outro lado, eles almejam atuar em empresas que possuam um propósito claro e que lhes possibilitem se conectar de alguma forma e devolver algo para a sociedade. A pesquisa "Líderes do Futuro", divulgada pela revista Meio e Mensagem em 2019, aponta que 77% da geração Z acredita que será preciso se esforçar mais do que as gerações anteriores para se realizar profissionalmente.
Preocupados com as finanças
Quando o assunto é o porte da organização, 79% dos Zs desejam trabalhar em médias e grandes empresas. Embora o conceito das startups seja interessante, para uma geração que nasceu em meio à insegurança, que está em busca de formação e mentores, empresas maiores representam mais possibilidades de satisfazer essas demandas, inclusive de estabilidade financeira. Isso porque muitos membros da Geração Z cresceram vendo a luta financeira de seus pais em tempos de crise econômica. Assim, eles valorizam empregos estáveis e investimentos inteligentes.
São os primeiros "nativos digitais"
Outra característica da Geração Z é o uso nativo de tecnologia. Enquanto os Millennials geração anterior eram considerados "pioneiros digitais", que testemunharam a explosão da tecnologia e da mídia social, a Geração Z nasceu em um mundo de inovação tecnológica de pico, onde as informações eram imediatamente acessíveis e as mídias sociais cada vez mais presentes.
A intimidade com a tecnologia tornou os jovens da Geração Z aprendizes velozes, que têm processos de aprendizagem multicanal. Para pessoas de gerações anteriores, a aprendizagem na infância estava correlacionada ao ambiente escolar e a itens como livros e cadernos, mas para os Zs, não. Eles têm a oportunidade de aprender em diferentes frentes e modalidades.
Legado da Geração Z para saúde mental é a busca pela verdade
Para a Geração Z, o principal incentivo ao consumo é a busca pela verdade, tanto de forma pessoal quanto comunitária. Sua busca por autenticidade gera maior liberdade de expressão e maior abertura para a compreensão de diferentes tipos de pessoas. Por isso, eles valorizam as comunidades on-line porque permitem que pessoas de diferentes circunstâncias econômicas se conectem e se mobilizem em torno de causas e interesses.
Na visão coletiva de público que esse grupo tem, eles também buscam uma relação mais consciente de consumo. Reflexo disso, 26% estão dispostos a abandonar o consumo de determinado item dependendo da forma como ele é produzido. Ainda como consequência dessa coletividade e senso de integração, a Geração Z também pode ser considerada a mais inclusiva da história.
Estudos divulgados pela Consumoteca Lab mostram que por terem sido criados em uma sociedade em que o acesso à informação é muito fácil e as experiências de vida são baseadas nas redes sociais, a Geração Z é o grupo etário mais suscetível à ansiedade e depressão. Em alternativa, eles buscam, mais do que nunca, equilíbrio em suas vidas. Essa busca os tornou mais empáticos e menos presos aos estereótipos tradicionais de beleza.
O autocuidado das gerações anteriores era primordialmente relacionado à estética e, hoje, esses jovens acreditam que a beleza está ligada a um equilíbrio entre o bem-estar físico, mental e emocional. Os jovens da Geração Z não gostam de se comprometer com uma única definição de si mesmo. Para eles, tudo é fluidez: gênero, sexualidade, moda, beleza e estilo. Quanto mais autêntico, mais valor tem.
A Geração Z ainda está se desenvolvendo. Mas, à medida que continuam a crescer, os primeiros sinais indicam que eles se tornarão administradores engajados e conscientes. São pensadores independentes e de mentalidade social, que reconhecem sua responsabilidade em moldar um futuro mais justo para todos.
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