Novas tecnologias, novos comportamentos
As mudanças comportamentais que influenciam nas estratégias de inovação
Para Clauber, partner da Hagens, o primeiro passo para construir um diálogo com o consumidor do presente e do futuro é entender todos os pontos de contato nas diferentes etapas na jornada do consumidor e qual o melhor conteúdo e canal para interagir em cada momento. "Para ter uma visão única do consumidor, não dá para você fazer sem tecnologia, eu acho que essa é a grande diferença no nosso posicionamento em ajudar essas marcas. É trabalhar com a visão de negócio, com comunicação, comportamento do consumidor, tudo em uma visão integrada com o suporte de tecnologias. Hoje temos que mostrar o porquê a marca veio e qual o seu valor para um grupo de consumidores. Afinal, isso não mudou e a marca que conhecer as necessidades do consumidor prevalecerá", ressalta ele.
Os consumidores estão cada vez mais conectados, por isso Leo del Castillo destaca não apenas o streaming como um dos canais do futuro para alcançar o público, mas também o live e-commerce, ferramenta que usa da interação proporcionada pelas lives para propiciar e alavancar vendas, estratégia também impulsionada pela pandemia. "Eu acredito que terá uma força muito grande, pois o fato de lidar com síncrona e assíncrona é poderosíssimo. Inclusive, no oriente, na Indonésia e na Coreia têm sido um celeiro de inovação em termos de live e-commerce, coisa que o Brasil ainda nem começou", disse Leo reforçando o live e-commerce como uma oportunidade de mercado.
Em meio a tantas plataformas digitais e modelos de negócios por meio de tecnologia, como inovar? André Palis ressalta que primeiro é preciso uma liderança atenta e atualizada ao que acontece e buscar mudanças. "É importante ressaltar que não dá para apontar para outra direção uma empresa do dia para a noite e colocar em risco o que já está estabelecido. A alternativa intermediária é usar o modelo de Motor 1, um time ligado com as ações do dia a dia, e o Motor 2, que são pequenos testes que se fazem com outro time que não se prende às limitações de negócios. Conforme a ideia do Motor 2 ganha força, a empresa a substitui pelo Motor 1. É um processo contínuo e que ajuda na inovação", explica o CEO da agência Raccoon, sobre inovação. "Bem-vindo à era da transformação constante", finaliza ele.